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Em ambiente de recessão e crise política, a Confederação Nacional
da Indústria (CNI) ficou mais pessimista com a economia brasileira.
Segundo o Informe Conjuntural, um estudo que contém as projeções
da entidade, a perspectiva do Produto Interno Bruto (PIB) para 2016
passou de uma recessão de 2,6% no documento apresentado em dezembro
para uma queda agora prevista em 3,1%.
A pesquisa é divulgada trimestralmente. Esse resultado foi formado
por uma série de indicadores ruins de composição do PIB. Para o
consumo das famílias, a previsão piorou, passando de queda de 3,3%
para retração de 4,4%. O PIB Industrial também deve encolher mais
que o esperado anteriormente: a projeção negativa passou de 4,5%
para 5,0%.
A formação bruta de capital fixo (FBCF), que mostra os
investimentos produtivos do País na composição do PIB, deve se
retrair 13,5% em 2016. A expectativa anterior era melhor, mas ainda
assim negativa, uma queda de 12,3%.
"A dominância de um ambiente de incerteza política - geradora
de instabilidade econômica e baixa confiança dos agentes - mantém
a economia brasileira em forte recessão", analisa a CNI.
Inflação
A CNI também está mais pessimista com a inflação. A entidade
espera um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de
7,1% ao fim de 2016. O dado divulgado em dezembro projetava uma
estimativa de 6,8%.
O Banco Central, no Relatório Trimestral de Inflação, projetou uma
taxa de 6,9% no cenário de mercado. O último boletim Focus, que
reúne as projeções de mercado, estima a taxa 7,14%.
Apesar da espera de uma piora do custo de vida neste ano, a entidade
acredita que o Banco Central vai baixar os juros básicos até o fim
do ano. A expectativa da CNI para a Selic ficou foi de 14,25% ao ano
para 13,75% ao ano na projeção da taxa para dezembro. A Selic média
passou de 14,25% para 14,18%.
Para a taxa real, a CNI espera um número menor do que na última
divulgação, passando de 5,6% ao ano para 5,2% aa.
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