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Um
dos últimos integrantes do PMDB a ficar no governo, o ministro da
Saúde, Marcelo Castro, entregará carta de demissão à presidente
Dilma Rousseff na tarde desta quarta-feira, 27. Em conversa com a
reportagem, Castro disse que a decisão foi anunciada ontem ao
ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.
"Entrego hoje minha carta de demissão à presidente Dilma.
Informei ontem ao Jaques Wagner", afirmou Castro que até o
momento não havia conversado com o vice-presidente Michel Temer
Deputado federal, eleito pelo Piauí, Castro ressaltou que a decisão
foi tomada em razão de se sentir isolado após outros integrantes do
PMDB deixarem o governo Dilma. O desembarque vem ocorrendo na medida
em que o processo de impeachment avança no Congresso.
Na última quarta-feira, 20, Eduardo Braga (PMDB-AM), que comandava o
ministério de Minas e Energia, e Hélder Barbalho (PMDB-PA) a
Secretaria de Portos, entregaram as respectivas cartas de demissão
no Palácio do Planalto. Ambos foram indicações da bancada do PMDB
do Senado, onde tramita atualmente o processo de afastamento de
Dilma.
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"Só ficou eu e a Kátia Abreu (ministra da Agricultura). Todos
os outros foram saindo e eu fiquei sozinho. Acabou, então, que
fiquei desconfortável em ser o único em descumprir decisão do
partido. Parecia que estava confrontando o partido", considerou
Castro ao se referir à decisão da executiva nacional do partido,
tomada no último mês de março, pelo rompimento com o Palácio do
Planalto.
Indicado pela bancada do PMDB da Câmara, o ministro tomou posse em
outubro do ano passado. Sua passagem pelo ministério foi marcada por
declarações polêmicas e que acabaram por ampliar o desgaste do
governo no combate a doenças da dengue e do zika. Em visita à Sala
de Situação do Distrito Federal para Controle da Dengue, em
Brasília, realizada em janeiro, o ministro disse que o País estava
perdendo "feio" a guerra contra o Aedes aegypti.
Apesar do desgaste com as declarações, o peemedebista foi mantido
no cargo e chegou a ser exonerado na véspera da votação do
processo de impeachment na Câmara, ocasião em que se manteve ao
lado do governo e votou contra o afastamento de Dilma. Dois dias
depois da votação na Câmara, realizada no último dia 17, ele foi
renomeado ministro.
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