Foto: Reprodução/EBC |
Depois de
quatro dias de reunião com líderes dos partidos na Câmara dos Deputados, o
presidente da Comissão Especial do Impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF),
conseguiu fechar acordo. Hoje (8), foram mais duas horas de negociações para
que todos, no final, assinassem um requerimento pelo qual a sessão desta tarde,
marcada para as 15h, será a única oportunidade para que os 133 inscritos
(incluindo integrantes e não membros da comissão e líderes partidários) se
manifestem sobre o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO), até, no máximo, às 3h
da madrugada de sábado (9).
“Vamos encerrar [hoje] a
discussão e, na segunda-feira (11), na sessão que se iniciará às 10h,
entraremos em processo de votação do relatório. Foi um acordo de consenso”,
disse Rosso. A expectativa é que todos consigam se manifestar, mas o horário
não será estendido, ainda que não haja tempo hábil. Pelo Regimento da Câmara,
cada um dos 130 integrantes da comissão (65 titulares e 65 suplentes) tem
direito de se pronunciar durante 15 minutos. Os que não integram o colegiado
podem falar durante 10 minutos.
A sessão de
votação do parecer de Jovair Arantes, favorável ao impeacment da presidenta
Dilma Rousseff, marcada para segunda-feira, deve demorar cerca de cinco horas.
O processo começa com a manifestação de líderes, que têm 15 minutos de fala,
seguida pelas orientações de bancada e encaminhamentos, o que pode levar de
quatro a cinco horas. “Prefiro sempre tudo por acordo. Não estou 'bonzinho nem
mauzinho'. Estou cumprindo o regimento e a Constituição”, afirmou Rosso.
Para o líder
do PT, Afonso Florence (BA), não dá para dizer que se saiu satisfeito, “mas foi
o acordo possível”. Do outro lado, Fernando Francischini (SD-PR) gostou do
resultado. A oposição queria assegurar que nenhuma manobra protelatória pusesse
em risco os trabalhos, fazendo com que a comissão passasse do prazo de 15
sessões.
**Fonte:
Agência Brasil
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