Foto: Reprodução/ A Tarde |
A presidente
Dilma Rousseff vai comandar o Poder Executivo do Brasil por mais quatro anos.
Ela foi reeleita neste domingo, 26, após superar Aécio Neves no segundo turno
em uma disputa acirrada: 51,56% (53.317.776
votos) contra 48,44% (50.310.129 votos) do tucano, com 99% das urnas
apuradas.
Os votos em
branco somaram 1,71% (1.897.154 votos) e os nulos, 4,64% (5.140.174 votos). O
número de abstenções foi de 21,03% (29.479.268 votos).
Mineira de
Belo Horizonte, Dilma Rousseff tem 66 anos, é economista formada pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem uma filha e um neto. Foi
reeleita junto com o vice-presidente
Michel Temer (PMDB), com o apoio da coligação formada por PT, PMDB, PDT, PCdoB,
PR, PP, PRB, PROS e PSD.
No primeiro
turno, Dilma ficou em primeiro lugar, com 43.267.668 votos (41,59% dos votos
válidos).
Filha de um
imigrante búlgaro e de uma professora do interior do Rio de Janeiro, Dilma
viveu em Belo Horizonte, capital mineira, até 1970, onde integrou organizações
de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda
Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi presa em 1970 pela ditadura
militar e passou quase três anos no Presídio Tiradentes, na capital paulista,
onde foi torturada.
Em 1973,
mudou-se para Porto Alegre, onde construiu sua carreira política. Na capital
gaúcha, Dilma dedicou-se à campanha pela anistia, no fim do regime militar, e
ajudou a fundar o PDT no estado. Em 1986, assumiu seu primeiro cargo político,
o comando da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre, convidada pelo então
prefeito Alceu Collares.
Com a
redemocratização, Dilma participou da campanha de Leonel Brizola à Presidência
da República em 1989. No segundo turno, apoiou o então candidato Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Em 1993, Dilma assumiu a Secretaria de Energia, Minas e
Comunicação do Rio Grande do Sul, cargo que ocupou nos governos de Alceu
Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).
Em 2000, Dilma
filiou-se ao PT e, em 2002, foi convidada a compor a equipe de transição entre
os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Quando Lula
assumiu, em janeiro de 2003, Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia,
onde comandou a reformulação do marco regulatório do setor. Em 2005, ainda no
primeiro governo Lula, Dilma assumiu a chefia da Casa Civil, responsável até
então por projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha
Casa, Minha Vida.
Dilma deixou a
Casa Civil em abril de 2010 e, em junho do mesmo ano, teve sua candidatura à
Presidência da República oficializada. Venceu sua primeira eleição no segundo
turno, contra o candidato do PSDB, José Serra, com mais de 56 milhões de votos.
Em um governo
de continuidade, Dilma manteve e ampliou programas sociais da gestão Lula e
implantou iniciativas que levaram à redução da pobreza, da fome e da
desigualdade. Criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec) e ampliou programas de empreendedorismo. Também implantou um
programa de concessões para obras de infraestrutura e logística, muitas ligadas
à realização da Copa do Mundo. Em um governo marcado por episódios de
corrupção, Dilma chegou a demitir seis ministros em dez meses, em 2011. A
presidenta reeleita também enfrentou problemas com a economia, com queda no
ritmo do crescimento do país e avanço da inflação.
**Fonte:
A Tarde
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