Foto: Reprodução/ G1 |
A professora
Priscila Cordovil, de 31 anos, relatou que ficou por uma semana sem andar por
causa dos sintomas do vírus chikungunya. Moradora de Oiapoque, a 590
quilômetros de Macapá, a funcionária pública foi o primeiro caso confirmado de
infecção da doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS). O pai dela,
um motorista de 59 anos, também foi diagnosticado com o vírus. Ambos moram na
mesma cidade, na divisa amapaense com a Guiana Francesa.
"Os sintomas são parecidos
com os da dengue que são febre, dor de cabeça e no corpo e coceira. Também
senti dores nas articulações que me impossibilitou de andar por uma semana.
Hoje eu não sinto mais nada", contou a professora por telefone à TV Amapá.
Atualmente Priscila faz fisioterapia para ajudar na recuperaração dos
movimentos da perna.
De acordo com
a Coordenadoria de Vigilância em Saúde no Amapá (CVS), o pai da professora
também teve os sintomas tratados e voltou a trabalhar. O tratamento consistiu
em curar um sintoma por vez. A infecção de ambos foi confirmada pelos
resultados dos exames emitidos na segunda-feira (15) pelo Instituto Evandro
Chagas, no Pará.
Os dois casos
confirmados em Oiapoque deixaram em alerta a CVS no Amapá, que intensificou
ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A suspeita é
que o vírus tenha entrado no estado pela Guiana Francesa, onde pessoas morreram
em decorrência da doença.
Até agosto de
2014, outros dois casos da doença foram confirmados pelo Laboratório Central do
Amapá (Lacen). A infecção deles teria ocorrido na Guiana Francesa e Guadalupe.
Medidas
Após o anúncio
dos casos confirmados no Amapá, o Ministério da Saúde afirmou que prepara uma
série de medidas de conscientização para evitar a disseminação da doença e
adiantou a expansão do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes
aegypti (LIRAa), aumentanto de 1,8 mil municípios para 2 mil cidades o
mapeamento da presença do mosquito transmissor da dengue e chikungunya.
Chikungunya
O vírus chikungunya foi
identificado pela primeira vez entre 1952 e 1953, durante uma epidemia na
Tanzânia. Mas casos parecidos com essa infecção – com febres e dores nas
articulações – haviam sido relatados em 1770. O agente transmissor é o mosquito
aedes aegypti, mesmo causador da dengue, e aedes albopictus.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e
oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre
repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de
cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o
quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas
dores articulares.
**Fonte: G1
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