Prefeito de
Coari (AM) preso sexta-feira
(7) (Foto: Reprodução TV Globo)
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O policiamento
nos aeroportos e portos de Manaus e interior do Amazonas foi reforçado após ser
decretada a prisão do prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), e de mais cinco
suspeitos de integrar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a medida é de segurança, para evitar
possíveis fugas. Ao G1, a defesa do prefeito garantiu que ele deverá se
entregar à polícia.
Segundo o
Comando de Policiamento no Interior, o efetivo foi reforçado em todas as saídas
de municípios próximos a Coari e de Manaus. A PM deve cumprir os mandados de
prisão em parceria com a Polícia Civil.
Em entrevista
do G1, o advogado de Adail Pinheiro, Alberto Simonetti Neto, informou que o
prefeito se apresentará à polícia. "Fizemos o pedido de resguardo à
integridade física dele. Assim que obtivermos uma resposta, ele vai se
apresentar", afirmou Simonetti.
No fim da
tarde da sexta-feira (7), o desembargador Djalma Martins da Costa decretou a
prisão preventiva do prefeito de Coari, Adail Pinheiro, atendendo a uma
solicitação do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), que quer ainda o
afastamento de Adail da Prefeitura de Coari, município a 363 quilômetros de
Manaus. Outras cinco pessoas também tiveram a prisão decretada. Os seis
suspeitos foram denunciados pelo MPE por formação de quadrilha, exploração
sexual de crianças e adolescentes e estupro de vulnerável. Os supostos casos de
pedofilia no município de Coari vêm sendo revelados em reportagens do programa
Fantástico, da Rede Globo, desde o mês de janeiro.
De acordo com
informações do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), os detalhes do processo
(nº 0003606-63.2014.8.04.0000) não podem ser informados, pois o mesmo tramita
sob segredo de justiça. Adail é suspeito de envolvimento em uma rede de
exploração sexual de crianças e adolescentes.
Denúncias
Na Justiça do
Amazonas, o prefeito possui três inquéritos policiais - relacionados a crimes
de exploração sexual de crianças e adolescentes e favorecimento à prostituição
- em andamento, uma denúncia já recebida pela corte, e o novo pedido, que
poderá se transformar em outra ação penal contra o acusado.
Na
quarta-feira (5), o TJAM apresentou um relatório com todos os processos de
Adail Pinheiro em tramitação no judiciário estadual. Ao todo, 56 processos
estão ativos, sendo 34 ações na Comarca de Coari e 22 processos em Manaus.
Em visita ao
município de Coari nesta semana, o Ministério Público do Estado do Amazonas
(MPE-AM) coletou novas denúncias contra o prefeito Adail Pinheiro (PRP).
Segundo o promotor responsável pelo caso, Fábio Monteiro, as supostas novas
vítimas eram crianças com idade entre nove e 11 anos.
Ao G1, o
promotor contou que as novas denúncias apontam crianças entre nove e 11 anos de
idade como os supostos principais alvos de Pinheiro. As abordagens, de acordo
com o MP, também eram feitas por servidores públicos. "Segundo vítimas e
familiares ouvidos, servidores, a mando do prefeito, ofereceram diversos bens,
como casas, terrenos e dinheiro em troca das meninas", revelou.
Justiça
Federal
A ministra da
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência República, Maria do Rosário,
disse que deve solicitar ao Ministério Público Federal que os processos que
envolvem acusações de envolvimento do prefeito de Coari, em casos de pedofilia sejam transferidos da
Justiça do Amazonas para a Justiça Federal. A informação foi divulgada durante
reunião com membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes, integrantes do judiciário e da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, na última terça-feira (4).
**Fonte: G1
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