domingo, 1 de dezembro de 2013

Risco de contrair conjuntivite é maior na temporada de verão

Foto: reprodução/ A tarde
Com a chegada da temporada de calor, os casos de conjuntivite costumam aumentar. Trata-se de uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a esclera, a porção branca do olho.
As conjuntivites podem ser de origem infecciosa como a viral e a bacteriana ou serem causadas por episódios alérgicos.
De acordo com o responsável pelo serviço de oftalmologia do Hospital Português, Carlos Eduardo Borges de Souza, a conjuntivite viral, causada principalmente  pelo  adenovírus, é mais prevalente neste período quando é comum as aglomerações festivas.
Segundo o especialista, "a prevenção deve consistir na adoção de normas de higiene como lavar as mãos, evitar coçar os olhos. Na residência, não partilhar de peças de uso individual como travesseiros, sabonetes e toalhas".
Também o manuseio de objetos de uso comum, como telefone e controle remoto aumentam as chances de contágio com os agentes causadores da doença.
O médico alerta que, ao surgirem sintomas,  como olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira e secreção - um oftalmologista deve ser consultado imediatamente para o diagnóstico e tratamento adequado.

O tratamento consiste, a depender do tipo  da conjuntivite identificada, da prescrição de colírios antibióticos e anti-inflamatórios  ou simplesmente de orientações  e de medicações de suporte como higiene local,  uso de compressas com soro fisiológico.
"É recomendado ainda um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, uso de lenços de papel e toalhas e roupas de cama individuais", acrescenta o especialista.
Os pacientes com conjuntivite viral ou bacteriana  devem evitar  de forma  temporária o contato social, a exemplo do ambiente de trabalho para prevenir a disseminação da conjuntivite infecciosa.  Segundo o médico,  geralmente, a conjuntivite viral tem resolução em aproximadamente uma semana.
Por não ser de notificação obrigatório, não há o registro de casos anuais da doença no país, informa o Ministério da Saúde (MS) que, no entanto, recomenda ações preventivas já que as epidemias são comuns e uma das causas mais frequentes de ausências no trabalho e escola.
Segundo o oftalmologista do Instituto  Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto,  "a conjuntivite viral como a bacteriana estão entre as principais causas de afastamento do trabalho no Brasil."
Estudo conduzido por Queiroz Neto envolvendo com 369 pacientes mostra que  cerca de  40% dos pacientes já chegam ao consultório usando colírio por contra própria.
Segundo  o MS (Ministério da Saúde) a automedicação é a principal causa de internações por intoxicação no Brasil.
No caso do uso indiscriminado de colírios, o estudo conduzido por Queiroz Neto mostra que o vasoconstritor para deixar o olho branquinho é usado por 56% das pessoas.
De acordo com o especialista, o uso por longos períodos da medicação pode causar catarata.

O problema é considerado grave tanto que o  Ministério da Saúde desenvolve uma pesquisa para saber como o brasileiro usa medicamentos.
**Fonte: A tarde

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