Foto: reprodução/ A tarde |
Com a chegada
da temporada de calor, os casos de conjuntivite costumam aumentar. Trata-se de
uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a esclera, a
porção branca do olho.
As
conjuntivites podem ser de origem infecciosa como a viral e a bacteriana ou
serem causadas por episódios alérgicos.
De acordo com
o responsável pelo serviço de oftalmologia do Hospital Português, Carlos
Eduardo Borges de Souza, a conjuntivite viral, causada principalmente pelo
adenovírus, é mais prevalente neste período quando é comum as
aglomerações festivas.
Segundo o
especialista, "a prevenção deve consistir na adoção de normas de higiene
como lavar as mãos, evitar coçar os olhos. Na residência, não partilhar de
peças de uso individual como travesseiros, sabonetes e toalhas".
Também o
manuseio de objetos de uso comum, como telefone e controle remoto aumentam as
chances de contágio com os agentes causadores da doença.
O médico
alerta que, ao surgirem sintomas, como
olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira e secreção - um oftalmologista deve
ser consultado imediatamente para o diagnóstico e tratamento adequado.
O tratamento
consiste, a depender do tipo da
conjuntivite identificada, da prescrição de colírios antibióticos e
anti-inflamatórios ou simplesmente de
orientações e de medicações de suporte
como higiene local, uso de compressas
com soro fisiológico.
"É
recomendado ainda um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, uso de lenços
de papel e toalhas e roupas de cama individuais", acrescenta o
especialista.
Os pacientes
com conjuntivite viral ou bacteriana
devem evitar de forma temporária o contato social, a exemplo do
ambiente de trabalho para prevenir a disseminação da conjuntivite
infecciosa. Segundo o médico, geralmente, a conjuntivite viral tem
resolução em aproximadamente uma semana.
Por não ser de
notificação obrigatório, não há o registro de casos anuais da doença no país,
informa o Ministério da Saúde (MS) que, no entanto, recomenda ações preventivas
já que as epidemias são comuns e uma das causas mais frequentes de ausências no
trabalho e escola.
Segundo o
oftalmologista do Instituto Penido
Burnier, Leôncio Queiroz Neto, "a
conjuntivite viral como a bacteriana estão entre as principais causas de
afastamento do trabalho no Brasil."
Estudo
conduzido por Queiroz Neto envolvendo com 369 pacientes mostra que cerca de
40% dos pacientes já chegam ao consultório usando colírio por contra
própria.
Segundo o MS (Ministério da Saúde) a automedicação é
a principal causa de internações por intoxicação no Brasil.
No caso do uso
indiscriminado de colírios, o estudo conduzido por Queiroz Neto mostra que o
vasoconstritor para deixar o olho branquinho é usado por 56% das pessoas.
De acordo com
o especialista, o uso por longos períodos da medicação pode causar catarata.
O problema é
considerado grave tanto que o Ministério
da Saúde desenvolve uma pesquisa para saber como o brasileiro usa medicamentos.
**Fonte: A tarde
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