Foto: Reprodução/EBC |
Em visita a
áreas afetadas pelas chuvas em Governador Valadares (MG), a presidente Dilma
Rousseff disse hoje (27) que precisa haver uma parceria entre o governo
federal, estados e municípios para agilizar obras de prevenção. “Vejo uma
grande parceria entre nós e um espírito de cooperação, que tem que imperar
nessas horas. Nessas horas temos que esquecer que temos divergências políticas,
ou que somos de partidos distintos, ou enfim que um torce para um clube de
futebol ou para outro clube. Nós temos que atuar como um organismo salvando a
população, para isso fomos eleitos”, disse.
Dilma falou
após reunião de coordenação, no aeroporto de Governador Valadares, com a
presença de ministros e do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. As
prefeituras que têm o estado de calamidade reconhecido recebem um cartão para
fazer gastos emergenciais. “Assim que a prefeitura decreta estado de calamidade
ou de desastre, ela recebe esse cartão e pode fazer pequenos gastos, como
arrumar uma ponte que caiu e está isolando um bairro. Ela pode tomar medidas
como providenciar águas, contratar limpeza de ruas. Superar a questão da
burocracia”, explicou Dilma Rousseff.
A presidente lembrou o trabalho do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
Naturais (Cemaden) e os mecanismos de alertas como pluviômetros, radares e
mapeamentos de riscos nos municípios para avisar a população sobre algum evento
natural. “Muitas vezes conseguimos, muitas vezes ainda não conseguimos, mas
vamos lutar para conseguir”. Também ressaltou a importância do trabalho das
defesas civis municipais, estaduais e nacional, no resgate das pessoas em áreas
de risco.
Outra ação do
governo lembrada por Dilma foi a distribuição de kits de limpeza e de cama,
mesa e banho. Segundo ela, a reconstrução de casas pelo programa Minha Casa
Minha Vida, e de pontes, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit), terá que ser feita depois que as chuvas acabarem. “Se eu
começar a construir uma ponte, vem a chuva e leva tudo, não tem sentido”.
Até o momento,
a Defesa Civil reconheceu situação de emergência em 42 municípios mineiros, mas
outros 41 também foram afetados. Já foram registradas 18 mortes em decorrência
das chuvas que, em áreas sem estrutura adequada de contenção, geram
alagamentos, inundações e deslizamentos de terra. A última morte ocorreu na
madrugada desta quinta-feira (26) em Juiz de Fora, onde foi encontrado o corpo
de uma mulher. Ela estava dentro de uma casa que desabou.
Quase 10 mil
pessoas tiveram de deixar suas casas. De acordo com a Defesa Civil, 6.959
pessoas estão desalojadas e 2.460, desabrigadas. Mais de 7.099 casas foram
danificadas e 116, destruídas. Além disso, pelo menos 229 obras de infraestrutura
foram danificadas e 112, destruídas.
**Fonte: Agência Brasil
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