Foto: Reprodução /G1. |
A Justiça
Federal do Trabalho de Marabá, no sudeste do Pará, multou a empresa Lima Araújo
Agropecuária em R$ 6,6 milhões por prática de trabalho escravo. Segundo o juiz
Jonatas dos Santos Andrade, esta foi a maior condenação trabalhista do país por
conta de funcionários mantidos em regime de escravidão.
A fiscalização
nas fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió, localizadas no município
de Piçarra, sudeste do Pará, entre os anos de 1998 e 2002. 180 trabalhadores
mantidos em condições precárias foram resgatados das fazendas, e agora estas
pessoas estão recebendo as indenizações.
"É a
maior condenação por trabalho escravo do Brasil, resultando em acordo que
significa que já há o pagamento desta indenização. Até então era apenas a
condenação, mas evoluímos para a solução desta dívida", conta o juiz.
A empresa já
depoisitou a primeira das seis parcelas anuais de R$ 1,1 milhão, e teve os bens
e contas desbloqueados pela Justiça do Trabalho. "Ela buscou a Justiça do
Trabalho, e reuniram várias vezes para tentar chegar a um consenso do que seria
este valor, porque já se passaram muitos anos", disse Claudia Maria Gomes,
advogada da empresa.
Segundo
Jonatas Andrade, as açõesde combate a escravidão já mostra resultados no Pará,
embora a prática ainda seja identificada no estado. "Do ponto de vista
prático, percebemos que não há libertação de grande número de pessoas, centena
de trabalhadores, como havia em tempo recente. Atualmente essas libertações são
pulverizadas em grupos menores", ressalta.
**Reportagem:
G1
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