Foto: Reprodução/G1 |
A polícia
prendeu o segundo suspeito de ter participado do assalto que terminou com a
morte do menino Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, na sexta-feira (28) em São
Mateus, na Zona Leste de São Paulo, foi preso neste sábado (29), segundo a
Secretaria da Segurança Pública. Ainda de acordo com a pasta, o suspeito tem 18
anos e estava preso no 49º Distrito Policial, em São Mateus, por volta das 19h.
Na
sexta-feira, a Polícia Civil deteve quatro pessoas para averiguação. Um deles
permaneceu preso, suspeito do crime. Ele teria informado o nome de outros três
suspeitos, entre eles o criminoso que atirou na cabeça do garoto boliviano. A
polícia procura ainda mais três ou quatro suspeitos, segundo o delegado Antonio
Mestre Junior, do 49º DP. No começo da
noite desta sexta, um grupo de bolivianos protestou em frente ao 49º Distrito
Policial, em São Mateus. Um homem levado para a delegacia foi agredido pelos
manifestantes.
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Os quatro
homens foram detidos em uma comunidade da Zona Leste de São Paulo. De acordo
com a polícia, todos têm antecedentes criminais. Os policiais chegaram até eles
depois de ouvir os vizinhos. "São moradores e frequentam o bairro, são
autores de quatro roubos contra as mesmas vítimas. Possivelmente tenha vazado a
informação de que naquele dia essas vitimas tivessem dinheiro em espécie",
disse Mestre Junior.
A mãe do
menino de 5 anos afirmou que o filho pediu aos criminosos para "não
morrer". Durante a ação, os assaltantes ameaçavam o menino com uma faca no
pescoço e atiraram, segundo os pais, porque a criança chorava e a família não
tinha mais dinheiro.
“Não me mate, não mate minha mãe”, foram as
últimas palavras da criança antes de ser baleada, relatou nesta manhã ao G1 a
mãe, a costureira boliviana Veronica Capcha Mamani, de 24 anos.
Brayan era
filho único dela e do marido, Edberto Yanarico Quiuchaca, de 28 anos. A criança
chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Geral de São Mateus, mas chegou
morta. Ele será enterrado na Bolívia.
A Polícia
Civil investiga o caso e procura a quadrilha, que fugiu com R$ 4,5 mil das
vítimas após o crime. Seis criminosos armados com revólveres e facas invadiram
o sobrado onde o casal mora e trabalha com costura na Vila Bela durante a
madrugada desta sexta. No local moram mais famílias. Cinco dos bandidos usavam
máscaras para não serem identificados. O bando rendeu o tio da vítima que chegava
com o carro na garagem, por volta da 0h30.
Dois
assaltantes carregavam armas e quatro estavam com facas. Alguns criminosos
ficaram com o tio no andar térreo do imóvel e os outros subiram para o andar
superior da casa, onde renderam os pais de Brayan. De acordo com as vítimas, os
bandidos eram brasileiros.
Os pais
contaram ter dado R$ 3,5 mil aos assaltantes, mas eles exigiam mais. Em
seguida, o tio entregou R$ 1 mil aos bandidos, que não se deram por satisfeitos
e passaram a ameaçar matar Brayan com uma faca caso não recebessem mais
dinheiro. Veronica relatou que ainda abriu a carteira vazia e mostrou aos
bandidos. "Não tinha mais nada", disse ela, que está há seis meses no
Brasil, depois de vir com o marido e filho da Bolívia.
A costureira
disse ainda que segurou o menino no colo durante o assalto, se ajoelhou e
implorou que os criminosos não matassem a criança. Porém, assustado com a
situação, o garoto chorava muito, o que irritou os bandidos. Ela relatou que o
criminoso gritava para o menino "parar de chorar" e não chamar a
atenção dos vizinhos. Irritado com o choro da criança, um dos criminosos atirou
na cabeça do menino, que completaria 6 anos de idade no próximo dia 6 de julho.
"Em
seguida, sem nada dizer, friamente o ladrão apontou para a cabeça da criança e
disparou contra sua cabeça", informa o resumo do boletim de ocorrência.
*Fonte: G1
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