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| Foto: Ilustrativa |
O governo
federal pretende incrementar a participação do turismo na economia brasileira,
que atualmente representa 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Entre as
propostas está o aumento para 7,9 milhões do número de turistas estrangeiros no
país e para 250 milhões do número de viagens domésticas feitas até 2016. Com o
incremento, o governo pretende chegar a 3,6 milhões de ocupações formais no
setor. As propostas estão no Plano Nacional de Turismo, apresentado nessa
sexta-feira (24).
Em 2012, 5,8
milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil. Para 2013, a estimativa é
que o país receba 6,2 milhões de estrangeiros. As chegadas internacionais de
turistas ao país não têm se alterado substancialmente em relação aos anos
anteriores, mas o Ministério do Turismo aposta no aumento em virtude da
realização de grandes eventos no país, entre eles a Copa das Confederações em
2013, a Copa do Mundo de Futebol em 2014, os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em
2016 e a Jornada Mundial da Juventude em junho próximo.
Segundo o
Ministério do Turismo, os grandes eventos contribuirão para a melhoria da
infraestrutura e da qualidade dos serviços turísticos no país, criando
condições para consolidar o Brasil como um dos principais destinos mundiais. O
documento destaca que os financiamentos concedidos pelas instituições
financeiras federais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, chegaram a R$ 11,2
bilhões, um aumento de cerca de 30,1 %
se comparado ao ano anterior.
O governo
acredita que setor pode contribuir para o crescimento sustentado, com a redução
de desigualdades regionais e a geração de emprego e renda. De acordo com o
plano, a preparação para esses eventos antecipa e dá prioridade a investimentos
em infraestrutura básica e turística. “É esperado que, entre os legados a serem
deixados pelos megaeventos e o impulso nas atividades econômicas, haja uma
expansão no estoque total de empregos no setor de aproximadamente 800 mil
pessoas ocupadas até 2016. Com isso, o estoque total aumenta de 2,78 milhões
para 3,59 milhões de empregos formais, representando um crescimento anual de
6,64% e elevando de 0,27 para 0,6 milhões o número de empreendedores
individuais”, diz o documento. As vagas estão ligadas a atividades relacionadas
à hotelaria, às agências de viagens, companhias aéreas, a outros tipos de
transportes de passageiros, restaurante e lazer.
O incremento
da atividade turística ligada a esses eventos deve contribuir para reduzir o
déficit no setor. Em 2012, os brasileiros gastaram no exterior US$ 22,2 bilhões
e os turistas estrangeiros geraram ao país receita de US$ 6,6 bilhões, com
déficit, portanto, de US$ 15,65 bilhões.
Para isso, o
Ministério do Turismo pretende atrair especialmente os visitantes da América do
Sul, responsáveis por quase metade de todo o volume de turistas estrangeiros
(48,38%) que estiveram no Brasil em 2012. A Europa, com 29,83%, e a América do
Norte, com 13,43%, são, respectivamente, as duas regiões com o maior número de
turistas que visitam o país. A Ásia (com 5,13%) tem pouca representatividade,
apesar do crescimento econômico da China, Índia e Indonésia. Os dados mostram
que 70% dos turistas estrangeiros ingressaram por via aérea, 27% por via
terrestre, 3% por via marítima e 1% por via fluvial.
Sobre o turismo doméstico em
2013, a estimativa é ter 215 milhões de brasileiros visitando as 276 regiões
turísticas nas quais o país é dividido. Em 2012, o mercado doméstico
transportou 11,1 milhões a mais de passageiros do que no ano anterior, com
aumento de 6,9%. A intenção do governo é incentivar as viagens durante o
período de baixa estação, reduzindo os efeitos da sazonalidade do turismo
internacional. Para isso, o governo investe em programas como Viaja Melhor
Idade.
O programa é
voltado para pessoas com mais de 60 anos, um público estimado atualmente em
mais de 20 milhões, e oferece condições diferenciadas de crédito a idosos,
aposentados e pensionistas, principalmente nos períodos de baixa estação.
Caso os
prognósticos se confirmem, o Brasil passará a ser a terceira economia turística
do planeta até 2022, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. De
acordo com o Ministério do Turismo, o Brasil ocupa atualmente a sexta posição
no ranking. Para atingir o objetivo, o setor precisará ter crescimento anual
médio de mais de 8%, taxa superior ao crescimento médio dessa atividade no
mundo.
**Informações:
Agência Brasil

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