quarta-feira, 8 de abril de 2015

Muita coisa muda: Câmara aprova texto de proposta que regulamenta terceirização

Foi aprovado nesta quarta-feira (8), na Câmara dos Deputados, o texto principal da proposta que regulamenta a terceirização de empresas no Brasil. Ao todo, foram 324 votos a favor, 137 contrários e duas abstenções. Eventuais alterações ainda devem ser feitas no texto, que ainda será discutido pelo plenário da Câmara na próxima semana. O projeto foi bastante criticado pelo PT e algumas centrais sindicais do país, mas recebeu apoio de empresários para permitir que as empresas possam contratar trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função.
O governo sugeriu algumas alterações no texto principal com o objetivo de evitar uma eventual perda na arrecadação. Seria mantida uma parte da contribuição previdenciária, correspondente a 11% da folha, sendo antecipada por todas as empresas que não fazem parte do programa de desoneração. Entretanto, os deputados votaram por manter a lei atual, mantendo a tutela do tema com o INSS. Após análise dos chamados "destaques" (possíveis alterações no texto principal), a proposta irá ao Senado.
PT recorreu ao STF para tentar barrar proposta
Deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) protocolaram um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a votação do projeto. A ação, movida pelo líder do partido na Câmara, Sibá Machado (AC), e o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), pede também a anulação da votação. O principal argumento dos petistas é o de que uma medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff em 2014 está trancando a pauta de votações desde esta terça-feira (7). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alterou o entendimento e permitiu que a proposta fosse votada, deixando de trancar a pauta da Casa.

De acordo com os petistas, o entendimento do peemedebista viola a Constituição, que dispõe: "Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando".
**Fonte: Metro 1

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