Paulo Roberto Costa |
O ex-diretor
da Petrobras Paulo Roberto Costa delatou à Polícia Federal políticos que teriam
recebido como propina parte do dinheiro de contratos da estatal com outras
empresas. Além de parlamentares (deputados federais e senadores), Costa também
teria mencionado governadores nos depoimentos.
Diretor de
Refino e Abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012, Paulo Roberto Costa foi
preso pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Lava Jato, que
revelou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria
movimentado cerca de R$ 10 bilhões.
Devido às
acusações, Costa está preso no Paraná. As investigações policiais apontaram que
ele teria intermediado junto à Petrobras contratos de empresas de fachada,
comandadas pelo doleiro Alberto Youssef, também preso, e apontado como chefe do
esquema. Costa também é suspeito de receber propina de Youssef para favorecer
empresas em contratos para a construção da refinaria de Abreu e Lima, em
Pernambuco.
Paulo Roberto
Costa fez um acordo de delação premiada. Os depoimentos de Costa à PF têm
ocorrido diariamente, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A PF
não revela o conteúdo dos depoimentos.
Em troca de
contar o que sabe, ele poderá obter benefício de redução da pena. O benefício,
no entanto, só será assegurado se o Ministério Público concluir que Costa
prestou informações detalhadas informações sobre os crimes cometidos, conexões
da quadrilha e personagens envolvidos, além da apresentação de provas das
revelações que ele fizer. Ao final, o acordo de delação premiada terá de ser
homologado pela Justiça.
Por envolver
parlamentares apontados nos depoimentos, informou o Blog do Camarotti, o acordo
de delação premiada, negociado pelo juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, será
enviado para apreciação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal, que decidirá se irá homologá-lo ou não.
**Fonte: G1
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