Profissionais
do sexo, agrícolas ou domésticos, os trabalhadores forçados do setor privado,
geram US$ 150 bilhões de lucros ilegais por ano em todo o mundo, revela hoje
(20) a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O trabalho
forçado implica um elemento de coação, ou seja, a vítima exerce a atividade sem
ter dado consentimento prévio e sem liberdade para deixar de fazê-la, esclarece
a OIT, sediada em Genebra.
Dois terços
dos US$ 150 bilhões anuais estimados, ou seja US$ 99 bilhões, provêm da
exploração sexual para fins comerciais, enquanto os restantes US$ 51 bilhões
resultam da exploração econômica, incluindo o trabalho doméstico (US$ 8
bilhões), a agricultura (US$ 9 bilhões) e outras atividades econômicas (US$ 34
bilhões), como a construção, as indústrias, as minas e os serviços de utilidade
pública.
Outra
conclusão é que 44% das vítimas migraram dentro ou fora das fronteiras
internacionais antes de serem submetidas ao trabalho forçado.
Os números
baseiam-se em dados da OIT publicados em 2012, que estimam em 20,9 milhões o
número de pessoas vítimas de trabalho forçado, do tráfico ou da escravidão
moderna. Do total, 18,7 milhões estão no setor privado, 26% são crianças e 55%
são mulheres ou meninas.
Em números
absolutos, a região Ásia-Pacífico tem o maior número de trabalhadores forçados
(no setor privado e no Estado), com 11,7 milhões de vítimas (56%).
Seguem-se a
África (18%), a América Latina (9%), os países da Europa Central e do Sudeste e
a Comunidade dos Estados Independentes, formada por ex-repúblicas soviéticas
(7%), os países desenvolvidos e da União Europeia (7%) e o Oriente Médio (3%).
Uma das
conclusões do relatório é que existe correlação entre a pobreza dos lares e a
maior probabilidade de serem vítimas do trabalho forçado.
A OIT conclui
também que foi registrado um recuo no trabalho forçado imposto pelo Estado
(autoridades públicas, Exército ou forças paramilitares, participação
compulsiva em trabalhos públicos e trabalhos forçados na prisão).
**Fonte:
Agência Brasil
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