quarta-feira, 21 de maio de 2014

BRASIL: PARALISAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL EM 13 ESTADOS

Policiais civis de 13 Estados devem paralisar pelo menos parte das atividades nesta quarta-feira, 21. A Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) diz ter apoio para a greve de 24 horas em Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Mas o nível de adesão é incerto. Policiais federais e rodoviários federais não vão participar.
Policiais civis param em pelo menos 13 Estados Paralisação de policiais civis fracassa na cidade de São Paulo Policiais civis do Paraná fazem paralisação por melhores condições de trabalho Policiais civis do Rio aprovam paralisação na próxima quarta-feira Polícia Civil do Paraná faz paralisação contra más condições de trabalho
"Estamos em negociação com o Ministério da Justiça e vamos aguardar as propostas", afirmou o presidente do sindicato dos policiais federais no Rio, Marcelo Novaes. "Mas, se o governo não demonstrar boa vontade, não descartamos parar na Copa."
Já os rodoviários decidiram nesta terça-feira, 20, suspender o movimento, depois de dois líderes prestarem depoimento na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) do Rio. "Eles falaram que a gente está indiciado por formação de quadrilha. Vamos ver direito isso e vamos fazer nova assembleia no dia 27", disse a cobradora Maura Lúcia Gonçalves, uma das líderes.
Em Brasília, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse não ver "clima de greve" na área de segurança. "Mas, se a gente precisar de ajuda, peço Força de Segurança, peço tudo. A gente viu o péssimo exemplo que foi a paralisação (da PM) em Pernambuco."
Diferentes categorias profissionais em greve ou em negociação salarial fazem nesta quarta um dia de manifestação unificada no Rio. Policiais civis, professores universitários e das redes públicas estadual e municipal, servidores da Cultura e da Saúde fazem ato às 15 horas na Praça XV.
São Paulo. Na capital paulista, o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado (Sipesp), João Batista Rebouças da Silva Neto, confirmou que a categoria participará nesta quarta do "ato de advertência", onde só serviços essenciais serão prestados. Como as diversas carreiras policiais têm sindicatos e associações diferentes, algumas ainda não se posicionaram sobre o dia de greve.
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (Sindpesp), por exemplo, descartou adesão. O Sindicato dos Agentes Policiais Civis não tinha uma posição definida. O mesmo ocorre com agentes de telecomunicação. Já o sindicato dos escrivães paulistas não respondeu à reportagem, mas a entidade participou da reunião de organização da greve. "É uma advertência. Todos os policiais estarão trabalhando só em casos de muita relevância: roubo, assalto a banco e sequestro", ressaltou Silva.
Outros locais. O tamanho da paralisação é incerto também em outros Estados. Contrária à decisão do Sindicato da Polícia Civil (Sinpol-PE) de não aderir ao dia de paralisação nacional, a União dos Escrivães de Polícia de Pernambuco (Uneppe) organiza um protesto na tarde desta quarta, para reivindicar melhorias salariais. Já em Minas, a Polícia Civil promete manter escala mínima só de 30% nas delegacias.

**Fonte: Estadão

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