O presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá devolver o valor gasto com o uso
de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em seu deslocamento de Brasília para
Recife na última quarta-feira, 8,
segundo informou neste sábado, 21, sua assessoria de imprensa. Renan viajou
para a capital de Pernambuco com o objetivo de fazer um implante de cabelo e
não tinha compromissos oficiais naquela data.
De acordo com
dados do site da FAB, o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou
a seu destino às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros,
provavelmente convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo
tenha sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem era "a
serviço". O uso da avião da FAB para fins particulares foi revelado hoje
pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
Um voo de
Brasília para Recife, em avião comercial, nessa alta temporada, custa no mínimo
R$ 1 mil. A FAB ainda não divulgou se Renan também usou a aeronave da Força
para retornar de Recife a Maceió, onde tem casa.
É a segunda
vez neste ano que o presidente do Senado utiliza um avião da FAB em
compromissos particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da
filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso,
Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro aos
cofres públicos.
Ministros do
governo Dilma e outras autoridades mantêm o hábito de usar os aviões da FAB
para retornar a seus Estados, embora um decreto de 2009, assinado pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorize o uso de voos comerciais em
deslocamentos para casa. Para evitar mais gastos, a presidente Dilma Rousseff
já orientou ministros que moram nos mesmos Estados a compartilharem os voos da
FAB em suas viagens de ida e volta para Brasília.
Na última
quinta, 19, das 10 viagens registradas no site da FAB, seis levaram ministros e
o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para os Estados onde
mantêm residências. O site da FAB diz que essas viagens foram "a
serviço".
**Fonte: A
tarde
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