O ano de 2013
se despede com muito lixo e entulho nas ruas de Salvador. Na tarde de ontem, a
equipe da Tribuna flagrou uma montanha
de lixo com restos de frutas e legumes
que são vendidos na Av. Sete Portas, além de caixotes e papelões. A quantidade
era tanta que pedestres foram obrigados a arriscar a vida disputando o espaço
da pista com os veículos. O mau cheiro incomodou inclusive os próprios
feirantes.
Os cerca de
140 índios Tenharim que estavam abrigados no 54º Batalhão de Infantaria de
Selva de Humaitá retornaram hoje (30) à Terra Indígena Tenharim Marmelos,
localizada em Humaitá, no sul do Amazonas. O clima na cidade é tenso desde o
último dia 16, quando três homens brancos desapareceram após serem vistos
trafegando de carro pela Rodovia Transamazônica.
De acordo com
a Fundação Nacional do Índio (Funai), o deslocamento dos índios contou com o
apoio das polícias Federal e Rodoviária Federal e da Força Nacional. A Funai
informou também que os servidores da Coordenação Regional Madeira, que atuam no
município, foram transferidos para outra localidade por questões de segurança.
Moradores
acusam os índios de terem sequestrado os homens em represália à morte do
cacique Ivan Tenharim. Após o desaparecimento, manifestantes incendiaram, no
último dia 25, o prédio da Funai, destruindo também carros e o barco do órgão.
Os nove servidores da Funai que estavam na cidade não ficaram feridos. No fim
da tarde de sábado (28), todos os funcionários foram retirados da cidade.
Servidores que
atuam na sede da Funai em Brasília foram encaminhados a Humaitá para, segundo a
fundação, colaborar com os trabalhos. “Cabe à Funai atuar como mediadora no
diálogo entre os indígenas e as forças de segurança, sendo de responsabilidade
da polícia a investigação das denúncias e crimes ocorridos”, informou o órgão
em nota.
Hoje, a
Justiça Federal determinou que governo adotasse medidas para garantir a
segurança dos indígenas após ameaças de invasão à Terra Tenharim. Em sua
decisão, a juíza Marília Gurgel relatou que a população está "acuada e relegada
à própria sorte" por causa da suspeita de participação no desaparecimento.
A juíza determinou também que os órgãos de segurança devem elaborar um plano
para garantir a segurança dos índios, instalar postos de fiscalização próximos
à reserva e monitorar o trecho da Transamazônica que corta a terra dos índios.
A reportagem
entrou em contato com os índios por meio de um telefone público localizado
próximo à Aldeia Tenharim, mas foi informada que as lideranças não estão
falando com a imprensa. O 54º Batalhão de Infantaria de Selva também foi
contactado, respondeu que as informações sobre as operações do batalhão são
restritas e serão repassadas apenas por meio de entrevista feita pessoalmente
com o comandante, que não foi localizado.
**Fonte:
Agência Brasil
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