Foto: Reprodução /Estadão |
Um novo fato
pode causar uma reviravolta na punição da Portuguesa no Superior Tribunal de
Justiça Desportiva pela escalação irregular do meia Héverton, na última rodada
do Brasileirão. A defesa do clube utilizará no julgamento do Pleno do STJD, no
próximo dia 27, uma falha no próprio sistema da CBF para provar que o jogador
poderia estar em campo. No "BID da Suspensão", sistema de acesso
apenas para a entidade e para os clubes, consta que o meia já havia cumprido a
suspensão e, portanto, estaria apto a atuar.
Criado em
setembro deste ano, exatamente para facilitar a comunicação a respeito de
suspensões da CBF com os clubes, o BID (Boletim Informativo Diário) da
Suspensão traz todas as informações sobre os jogadores que estão suspensos ou
que já cumpriram suspensão determinadas inclusive pelo STJD.
No dia 6 de
dezembro, sexta-feira, data do julgamento que condenou o meia Héverton a
cumprir mais um jogo de suspensão, o BID da Suspensão informava que o jogador
"cumpriu". No dia 10 de dezembro, dois dias após a partida contra o
Grêmio, portanto, o sistema mantém o termo "cumpriu" a respeito da
suspensão de Héverton, ou seja, a CBF não teria informado a Portuguesa, por
meio do sistema, da punição ao meia.
Para provar
que o sistema foi atualizado, a Portuguesa utilizará a suspensão dada ao
atacante Gilberto, que também foi a júri naquela sexta-feira. O status do
jogador foi alterado de "suspenso" para "cumpriu", já que
ele foi julgado e liberado pelo STJD no mesmo julgamento. Após a constatação, a
Portuguesa utilizará no recurso que a CBF é co-autora do erro no caso Héverton,
exatamente por também não ter informado que o jogador estava suspenso.
Em caso de uma
mudança na pena à Portuguesa e os pontos retirados forem devolvidos, o
rebaixado novamente não seria o Fluminense, mas o Flamengo, que, após perder os
pontos na segunda-feira por escalação irregular do lateral André Santos,
terminou a competição na 16.ª posição, acima da Lusa. Os cariocas também tentam
reverter a situação no Tribunal.
**Fonte: Estadão
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