quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Economia: 610 mil baianos estão com o nome sujo

Foto: Ilustrativa
O número de consumidores inadimplentes aumentou na Bahia este ano. De acordo com dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), aproximadamente 610 mil pessoas estão com os nomes no Sistema  de Proteção de Crédito (SPC), sendo que no ano passado, no mesmo período, foram contabilizados 580 mil devedores em todo estado. Com a proximidade do pagamento do 13º salário, muitas pessoas devem utilizar  o recurso para quitar dívidas.
Segundo a CDL, as dívidas que lideram a lista da inadimplência são as  feitas com o banco, como cartão de crédito somando 38%  seguido do  cheque especial com 32% e crediário com 17%. Desemprego, descontrole das finanças e dívidas com doenças são os principais responsáveis pelo endividamento dos baianos. Ainda segundo a CDL,  o aumento das oportunidades de emprego na região Nordeste e o acesso a crédito mais facilitado têm fomentado o consumo e consequentemente ao endividamento.
Apesar do aumento do gasto das famílias, economistas explicam que o consumidor brasileiro, sobretudo o de classes mais emergentes, ainda não sabe lidar com o crédito.  De acordo com dados do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a inadimplência no comércio brasileiro em fevereiro cresceu +6,65%, na comparação com o mesmo mês de 2012, Já o volume de vendas a prazo cresceu +11,23% no mesmo período, o maior pico dos últimos dez meses.
O indicador leva em conta mais de 150 milhões de consumidores cadastrados, em 800 mil pontos de vendas espalhados por todo Brasil. Para as lideranças do setor varejista, as políticas de incentivo ao consumo, embora tragam impacto positivo para o comércio, também contribuem para o crescimento das compras não planejadas. 
A professora Mariana Ribeiro Santos conta que já está há mais de cinco anos  com o nome negativado. “ A empresa que eu  trabalhava  atrasou o salário por três  meses em decorrência disso, não pude pagar os cheques do acordo feito com a faculdade. Está com o nome sujo é ruim porque não se pode ter um  cartão de crédito ou financiar imóveis.  Agora estou em um novo emprego e espero poder enfim limpar meu nome”, comemora.
A recepcionista Ilza Oliveira da Cunha também passou por uma situação similar ao se enrolar com os cartões de credito e só agora com a primeira parcela do décimo vê a chance de limpar o nome


.**Fonte: Tribuna da Bahia

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