Foto: Ilustrativa |
O número de
consumidores inadimplentes aumentou na Bahia este ano. De acordo com dados da
Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), aproximadamente 610 mil
pessoas estão com os nomes no Sistema de
Proteção de Crédito (SPC), sendo que no ano passado, no mesmo período, foram
contabilizados 580 mil devedores em todo estado. Com a proximidade do pagamento
do 13º salário, muitas pessoas devem utilizar
o recurso para quitar dívidas.
Segundo a CDL,
as dívidas que lideram a lista da inadimplência são as feitas com o banco, como cartão de crédito
somando 38% seguido do cheque especial com 32% e crediário com 17%.
Desemprego, descontrole das finanças e dívidas com doenças são os principais
responsáveis pelo endividamento dos baianos. Ainda segundo a CDL, o aumento das oportunidades de emprego na
região Nordeste e o acesso a crédito mais facilitado têm fomentado o consumo e
consequentemente ao endividamento.
Apesar do
aumento do gasto das famílias, economistas explicam que o consumidor
brasileiro, sobretudo o de classes mais emergentes, ainda não sabe lidar com o
crédito. De acordo com dados do SPC
Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a
inadimplência no comércio brasileiro em fevereiro cresceu +6,65%, na comparação
com o mesmo mês de 2012, Já o volume de vendas a prazo cresceu +11,23% no mesmo
período, o maior pico dos últimos dez meses.
O indicador
leva em conta mais de 150 milhões de consumidores cadastrados, em 800 mil
pontos de vendas espalhados por todo Brasil. Para as lideranças do setor
varejista, as políticas de incentivo ao consumo, embora tragam impacto positivo
para o comércio, também contribuem para o crescimento das compras não
planejadas.
A professora
Mariana Ribeiro Santos conta que já está há mais de cinco anos com o nome negativado. “ A empresa que
eu trabalhava atrasou o salário por três meses em decorrência disso, não pude pagar os
cheques do acordo feito com a faculdade. Está com o nome sujo é ruim porque não
se pode ter um cartão de crédito ou financiar
imóveis. Agora estou em um novo emprego
e espero poder enfim limpar meu nome”, comemora.
A
recepcionista Ilza Oliveira da Cunha também passou por uma situação similar ao
se enrolar com os cartões de credito e só agora com a primeira parcela do décimo
vê a chance de limpar o nome
.**Fonte: Tribuna da Bahia
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