A inflação
acumulada em 12 meses voltará a ficar dentro da meta no segundo semestre, disse
hoje (5) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com ele, a
estabilização do preço dos alimentos contribuirá para a queda do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos meses.
Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, índice usado no
regime de metas de inflação, registrou 0,26% em junho, com queda de 0,11 ponto
percentual em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, no entanto, o
índice chega a 6,7%, maior que o teto da meta de inflação, de 6,5%.
O ministro
destacou que os preços dos alimentos ficaram praticamente estáveis no mês
passado, subindo apenas 0,08% em junho. Ele disse esperar que esse
comportamento se repita nos próximos meses. “A inflação dos alimentos foi
praticamente zero. Isso significa que os alimentos reagiram bem, que a nova
safra ajudou a colocar mais ofertas de produtos no mercado. Todos os alimentos
estão [com o preço] para baixo. Isso é um bom sinal e esperamos que continue
assim”, declarou.
Apesar de os
alimentos terem puxado o índice para baixo, Mantega ressaltou que a queda foi
generalizada e que os preços estão se comportando bem em diversos setores da
economia. “Acho que foi muito importante o IPCA ter dado 0,26% hoje. Se você
foi olhar os componentes, caiu alimentação, habitação, serviços, praticamente
todos os itens caíram”, disse o ministro.
Em relação ao
fato de que a inflação tenha ultrapassado o teto da meta no acumulado de 12
meses, Mantega disse que a desaceleração do IPCA começará a se refletir em
índices acumulados mais baixos neste semestre. Ele, no entanto, não arriscou um
prazo para a inflação retornar ao intervalo da meta. “Em 12 meses,
infelizmente, [o IPCA] ultrapassa o teto da meta, mas o importante é que a
diferença está diminuindo. No segundo semestre, em algum momento, ele vai
voltar para baixo do limite superior da meta”.
O ministro
negou ainda que tenha a intenção de promover mudanças na equipe econômica. Ele
reagiu a rumores no mercado financeiro de que o secretário do Tesouro Nacional,
Arno Augustin, estaria para ser demitido.
*Fonte: Agência Brasil
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