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Foto: Reprodução/Whatsapp |
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Polícia Militar da Bahia (PMBA) encerrou a greve na tarde desta quinta-feira,
17. A decisão foi tomada pela categoria, que permanecia em assembleia no Wet'n
Wild desde quarta, 16, e aprovou a negociação com o governo.
Participaram
do encontro representantes do governo e das seis associações de classe que
estavam unidas na mobilização, além do comandante-feral da PM, coronel Alfredo
Castro. O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, também
foi convidado a participar da reunião para abençoar um possível acordo.
A
greve causou muitos transtornos à população não só na capital baiana, mas em
diversos municípios do interior do estado. Somente nesta quarta-feira, 16, a
cidade de Feira de Santana registrou 32 homicídios. Em Brumado e Vitória da
Conquista também houve mortes, inclusive de policiais.
Segundo
informações de um profissional do Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues,
na manhã desta quinta havia cerca de 50 corpos no local, sendo que 34 foram
vítimas de homicídio. As informações sobre o número de mortos em Salvador ainda não são precisas, mas foram
registradas pelo menos 20 mortes na quarta. Já o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou 64 chamados de pessoas baleadas.
Além
dos homicídios, muitos estabelecimentos comerciais foram arrombados e saqueados
durante a paralisação. O mesmo aconteceu com caminhões que transportavam
produtos pelas rodovias.
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Foto: Reprodução/Facebook |
A
programação cultural das cidades também foi afetada. Em Salvador, vários
eventos foram cancelados. No interior, a tradicional Feira dos Caxixis, realizada há mais de 300 anos em Nazaré, não
vai mais acontecer durante a Semana Santa.
O movimento de passageiros que deixaram a
capital baiana para passar a Semana Santa no interior também foi
menor que no mesmo período do ano passado e em relação a outros feriados. No
ferryboat, o fluxo registrado na manhã desta quinta foi menor do que a
estimativa da Internacional Marítima, concessionária que administra o sistema.
Já
na rodoviária, apesar do grande movimento, as empresas receberam centenas de
pedidos de devolução da tarifa da passagem, por conta das pessoas que
desistiram da viagem. Os motivos variavam da falta de ônibus para chegar à
rodoviária ao medo das casas serem arrombadas.
**Fonte: Jornal A tarde