O custo de
vida do brasileiro subiu 0,57% em outubro, segundo o IBGE, que mede o IPCA, a
inflação oficial. A taxa é a maior desde fevereiro. O aumento da carne é o
principal responsável. O IPCA acumulado nos últimos 12 meses, porém, ficou em
5,84%, dentro da meta que vai até os 6,5%.
Os números
divulgados trazem boas boa notícias: a cebola ficou mais barata (-10,71%) e o
feijão carioca também (-9,3%). Na média,
porém, os preços dos alimentos aumentaram em outubro e responderam por quase
metade da inflação do mês.
O tomate, que
esse ano já ficou de fora da salada de muitos brasileiros, voltou a ficar caro
e teve aumento 18,65% em um mês. Em alguns lugares, o preço subiu bem mais. No
Rio de Janeiro, por exemplo, a alta passou de52,69%. Uma das explicações é o
período de chuvas, que prejudica a safra.
As carnes subiram
em média 3,17% e o consumidor que pensa em fazer trocas, não vai adiantar
muito, já que o frango também está mais caro (+3,44%). Em São Paulo, o aumento
foi ainda maior, tanto para as carnes (+5,85%), quanto para o frango (+7,90%).
“O preço das
carnes subiu por conta da desvalorização cambial. O preço da rações para a
criação desses animais subiu. É uma tendência que deve se sustentar, pelo
menos, até o final desse ano”, explica o economista André Braz, do Instituto
Brasileiro de Economia da FGV.
Fora do
supermercado também houve aumento. As roupas ficaram 1,13% mais caras,
resultado do lançamento das novas coleções.
O IPCA fechou
outubro com alta de 0,57%, acima do índice registrado em setembro, que foi de
0,35%. Este foi o maior aumento desde fevereiro, que registrou 0,60%. Em doze
meses, a inflação oficial chegou a 5,84%, abaixo do teto da meta do governo.
“Sempre quando itens básicos
sobre de preço, mesmo que a gente esteja vivendo um contexto de desaceleração
em 12 meses, a sensação do consumidor é que o custo de vida está aumentando”,
afirma o economista.
**Fonte: G1
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