segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Natal e Esperança cristã



foto: missaofidelidade.com


Por Dom Mauro Montagnoli
Bispo da Diocese de Ilhéus 

Natal e Esperança cristã

O Natal, com suas manifestações coloridas e seus variados símbolos, é a Festa da Esperança “porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi dado este nome: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai-eterno, Príncipe-da-paz” (Is 9,5).
            O Natal agita todo mundo por causa das festas, dos presentes, das músicas. Nas igrejas se montam os presépios com as figuras tradicionais: Maria, José e o Menino na manjedoura, a vaca e o burro. Crianças e adultos se comovem diante da singeleza e ternura dessas imagens.
            Mas esse Menino é ao mesmo tempo o Homem da Cruz e o Cristo ressuscitado. Permanecer na mera contemplação do Menino no presépio não deixa que a fé cristã se amadureça e a pessoa se torne capaz de enfrentar a dureza da vida, e a fecha para a vivência da Esperança que ultrapassa os tempos. A imagem que permanece é de um Jesus na manjedoura
            Celebrar o Natal é celebrar o Reinado de Deus. O Menino na manjedoura é o Senhor, o Kyrios, aquele que traz consigo o Governo de Deus. Só participa desse reinado quem prepara o caminho do Senhor e endireita suas veredas. Então “toda carne verá a salvação de nosso Deus” (Lc 3,4.6).    
            O Natal é o tempo favorável para se fazer uma incursão para dentro de si próprio e perceber o desejo de infinito que não se satisfaz com uma festa meramente convencional. Santo Agostinho descreve com uma imagem muito significativa a ânsia do infinito e a limitação pessoal: “Suponha que Deus queira encher a você com mel (a bondade e a ternura de Deus). Se você, porém, está cheio de vinagre, onde vai pôr o mel?” O coração deve se abrir e ser limpo: livre do vinagre e do seu sabor, aí ele se torna livre para Deus e para os outros.
            “O que nós esperamos... são novos céus e nova terra, onde habitará a justiça” (2Pdr 3,13).
            A Esperança cristã dá a força para que a pessoa saia de um mundo que oferece uma felicidade que se resume em músicas, presentes, festa e algumas orações, e abre o coração de cada um para valores novos, inspirados pelo próprio Deus. “Assim, visto que tendes esta esperança, esforçai-vos ardorosamente para que ele vos encontre em paz, vivendo vida sem mácula e irrepreensível” (2Pdr 3,14).  
            Celebrar o Natal é renovar nossa Esperança e assumir plenamente a missão de mensageiros da Esperança num mundo necessitado de corações abertos, capazes de reconhecer seus limites, com o desejo de acolher o Deus da Esperança.
            Somos reenviados ao mundo para continuar o trabalho de Jesus, dando-lhe voz e vez onde estivermos, para que se cumpra a profecia:
“Amor e Verdade se encontram,
Justiça e Paz se abraçam;
da terra germinará a Verdade,
e a Justiça se inclinará do céu” (Sl 85(84)).

BOM NATAL E FELIZ 2012!

Dom Mauro Montagnoli
Bispo da Diocese de Ilhéus




domingo, 4 de dezembro de 2011

AS FÉRIAS CHEGARAM E AGORA COMO OCUPAR O TEMPO LIVRE DAS CRIANÇAS?


        Sem dúvida essa é a pergunta que muitos pais estão se fazendo agora que as crianças terão um tempo livre e muita energia para gastar.
        Bem creio que os pais devem começar com um cuidado todo especial com a alimentação, afinal existe uma tendência que fugindo das frutas e da alimentação saudável as crianças venham a abusar do chocolate, sorvete,etc. O segundo passo consiste em pensar atividades que possam ocupar esse tempo livre de maneira proveitosa, abrindo mão do videogame e dando ênfase às brincadeiras coletivas e clássicas como bolinha de gude, bonecas, pega-pega ou seja, aliando-se o ócio ao educativo de maneira que os pequenos gastem adequadamente o excesso de energia característico da idade. Em uma sociedade consideravelmente tecnológica as crianças têm se tornado cada vez mais sedentárias, deixando de lado brincadeiras que ate então ocupavam seus imaginários fazendo não só  que elas perdessem muitas calorias como também aprendessem.
         E pais se forem viajar para praias valem sempre os cuidados com a identificação de seus filhos, a persistência para mantê-los sempre perto sob o olhar vigilante de uma pessoa responsável, afinal cuidado nunca é demais!


P-Criança